terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Qual o que voce mais gosta??


Fizeram-me esta pergunta há muitos anos. Pela indagação percebe-se que se trata de preferência sobre mais de um elemento, coisa, objeto, alimento etc etc ... Até aí, tudo bem!! Mas não o foi. A interrogação veio sobre meus sentimentos a respeito dos meus filhos. Na hora meu queixo caiu. Metaforicamente falando, óbvio!! Primeiro pela pessoa que fez a dita pergunta...segundo pela pergunta em si. 

-Olha "...", eu não amo mais um que outro! Não sinto nada que seja diferente, para menos ou para mais quando olho cada um deles. Amo o F...por que ele é meu primeiro filho. Amo a F...por que ela é minha bonequinha e amo o F...por que ele é meu caçulinha. Não tem isso de gostar mais de um, "..."!- respondi, mas profundamente decepcionada pela interrogação.

Jamais conseguirei entender isso. Essa "coisa" de amar mais um que outro. Não posso responder por outras pessoas, mas por mim...posso com certeza!!
Claro, que sempre houve aquela besteira de pensarem que eu tinha preferência por algum. Embora, saiba que nunca conseguirei tirar essa tolice da cabecinha deles, procuro até hoje explicar que isso não existe. Para mim é impossível amar dessa forma! Meu amor não dividiu-se quando cada um foi chegando. Pelo contrário, ele foi multiplicando-se para suprir a todos.
Existiam fases que de acordo com o momento de cada um, havia a necessidade de mais atenção por um ou por dois...ou por todos, enfim!! Mãe é assim, tem quê ser assim!! Não vieram do mesmo lugar? Não dividaram o mesmo sangue? Não posso amá-los diferentemente.
Sei que não é fácil criar vários filhos. Minhas parentes mais antigas criaram tantos em meio ao sertão, com tamanhas dificuldades de tudo. O desgaste e as dificuldades da vida, nos "stressam" demais! Sinto que minha prole foi "café pequeno". Tudo poderia ser difícil, menos amá-los!
Não sei se fui uma boa mãe... penso que nunca fui o suficiente!! Alíás, diante das circunstâncias creio que escorreguei o menos possível "no tomate"(será?!), mas sempre penso que não foi por falta de amor. Sim, por que sou cabeça dura demais com agravante de ser extremamente possessiva. Não tinha como ser outro tipo de mãe. Se errei, me perdoem. Se acertei, é minha obrigação.

Amo voces, minhas cri"onças"!

P.s: Infelizmente, minha cabeça continua dura. Reduzi apenas a possessividade.