quinta-feira, 7 de maio de 2009

A VIDA É QUE DÁ MEDO

Não tenho medo de morrer. Quando criança e adolescente tinha pânico. Criada sob as doutrinas de céu/inferno e salvos/perdidos, a possibilidade de morrer e ir para o inferno atormentava meu juízo. Cresci e esse medo passou, assim como o da morte em si seja para onde siga. Tenho medo de viver. Eu sei o que me machuca, o que me dá medo, o que pode me fazer sofrer, o que posso perder...Que mesmo que eu esteja cercada de todos os bens, alegrias, amores e saúde, o sofrimento chega. Se não sofrer por mim, sofrerei pela dor do próximo. Estarei enquanto viver, sujeita a gangorra da vida. Posso me esconder, mas não conseguirei ser impássivel aos revezes da vida. Não tenho medo da morte. Tenho medo da dependência total do amor ou da caridade forçada de alguém. (by Angel)