Em certa manhã, as irmãs Bilunga
e Leleka resolvem fazer umas comprinhas. Mas havia de ser rapidamente, pois
tinham ainda que buscar na escola o filho caçula de uma delas. Uma correu ao
açougue do supermercado, enquanto a outra foi à área de panificação, já pensando no cafezinho da tarde. Lá
encontrou poucos pãezinhos perdidos no espaço destinado a eles e já sendo
disputados por uma nada simpática senhora de meia idade. Leleka aguardando sua vez
de fazer uso do único pegador de pão, sorria para a carrancuda senhorinha. De
repente, a mesma em meio ao socar de seus pães na embalagem, derruba um deles
ao chão entre seus pés.
- Aaah... Que pena! Esse tá
perdido! - disse Leleka, tentando mostrar simpatia ante os modos desastrados da
senhorinha. Imediatamente a mesma pega o pãozinho caído e o tasca novamente junto
aos demais do panificio. E rudemente justifica dizendo:
- Perdido nada! Cansei de comer
pão com cabelo, barata, pelo de rato... Porque os outros também não podem comer
esse, só porque caiu no chão?!
Leleka -com seu sorriso que
"congelou e amarelou" de tão chocada- imaginava o que seria mais escabroso: os tais pães contaminados ou a reação daquela mulher ante aquele simples azar de derrubar um pãozinho?! E deu-se conta que não conseguia emitir uma frase apesar de
sua fama de articulada e falante. Mas, não tirou os olhos do dito pãozinho resgatado inutilmente do chão,
que por sorte ficou recostado solitário e isolado a um canto onde fora lançado.
E quando a senhorinha mal-educada e bruta se foi, retirou o tal, chamou um
funcionário explicou em curtas palavras o ocorrido e entregou-lhe o pãozinho, que
teve seu destino final na lixeira mais próxima. Pegou então seus pães e retornou para
junto de sua irmã, reportando o acontecido. Que identicamente estarrecida lhe indagou:
- Por que você não disse a
ela, pois já que tinha comido tanto pão contaminado assim, levasse o que havia
caído ao chão?!
- Fiquei tão horrorizada com
aquela ação absurda que perdi a fala! – respondeu Leleka.
Nos minutos seguintes, lembrou-se do provérbio popular ”Olho por olho e o mundo terminará cego“, e ficou também a imaginar como deveria ser triste conviver com aquela senhorinha rancorosa, egoísta e... sebosa !
Nos minutos seguintes, lembrou-se do provérbio popular ”Olho por olho e o mundo terminará cego“, e ficou também a imaginar como deveria ser triste conviver com aquela senhorinha rancorosa, egoísta e... sebosa !